segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Releitura romântica


Preparei um leito de cambraia,
cálido como o bogari perfumado,
ao lado da frouxa luz da alabastrina
que lambe tua lembrança voluptuosa...
Aparecem assim teus contornos
tão desejados pelos meus lábios mornos.

Canto para ti a cavaquinha
no delírio em tua espera.
Sinto tua presença, na tua ausência
mas, a brisa da manhã logo me acorda!
Foi só um sonho que passou, sem volta.
não me escutas, então te clamo.
Oh! Leito inútil preparado com perfume
do bogari, eu sou aquela flor que espera
um doce raio de sol

que me dê vida! 

Elisa Alderani

O IPÊ ROSA

Abre-se o dia, madrugada fria...
Da minha janela admiro
a estupenda obra
que a natureza me oferecia...
a florada do Ipê como uma prenda.
Buquês rosados, explodindo eu via...
brilhando, ornavam a árvore de renda.
Tão belos, que o preto galho, escondiam
são tantas flores vibrando em oferenda,
nos meus olhos brilhavam
de luz encantadora!
Pássaros felizes em revoadas...
na doce brisa das manhãs afora...

Minha bela árvore, hoje está rosada...
com flores, que amanhã serão pisadas.
Pra’ quem talvez, nem te viu, na calçada.


Elisa Alderani

MULHER


Pela fresta da janela
vejo no céu, nuvens brancas...
espalhadas.

Larguei minha mesa
cheia de papeis e livros...
espalhados.

Multiplicam-se no silêncio
devaneios e lembranças...
Palavras.

Não me importo mais
com a desordem, agora
ninguém me censura.

Sou Mulher,  sou livre,
ninguém mais me poda.
Eu espalho e recolho...

Vivo da forma que me agrada
as horas e meus dias.
Agora sou...


Dona do meu nariz!


Elisa Alderani

sábado, 22 de julho de 2017

Sarau de Todas as Tribos

Sábado, 15 de julho de 2017 e a União dos Escritores Independentes de Ribeirão Preto - UEI participa do Sarau de Todas as Tribos, no Espaço Cultural Cerâmica São Luiz, com participação do integrante da Academia Letras Jefferson Cassiano.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

UEI inicia preparativos para Congresso de Poetas Brasileiros

A presidente da União dos Escritores Independentes-UEI, Helena Agostinho e o vice-presidente André Luiz da Silva se reuniram no dia 14 de julho de 2017 com a Secretária da Cultura Isabella Pessotti para tratar da organização do Congresso de Poetas Brasileiros que será realizado em outubro em Ribeirão Preto.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

17ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto




A União dos Escritores Independentes de Ribeirão Preto e Região  teve importante participação na 17ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, sendo responsável pela organização do Salão de Idéias: “Literatura e poesia - Aprendendo a ler o mundo”  mediada por Norma Luzano Campaz, com os debatedores: Silvia Regina da Silva Neves, Adriano Pelá e Fábio Deodato dos Santos.
 







ORDEM DOS VELHOS JORNALISTAS DE RIBEIRÃO PRETO - Concurso de Minicontos



 
ORDEM DOS VELHOS JORNALISTAS DE RIBEIRÃO PRETO 
Concurso de Minicontos                  
               

A Ordem dos Velhos Jornalistas de Ribeirão Preto e Região, em parceria com a UEI (União dos Escritores Independentes de Ribeirão Preto e Região), com a finalidade de estimular a produção literária, lança o concurso de minicontos.
Regulamento
1. Poderão participar escritores ou iniciantes de duas categorias: juvenil, de 12 (doze) a 17 (dezessete), e adultos, maiores de 18 (dezoito) anos de idade;
2. Temática: Honestidade;
3. Os textos deverão ser em língua portuguesa;
4. Os textos devem ter apenas uma lauda de no mínimo 15 (quinze) e no máximo de 20(vinte) linhas, na fonte Arial nº 12;
5. Em um envelope lacrado devem constar os dados pessoais do concorrente: nome completo, RG, categoria, endereço, telefone e, se menor de 18 (dezoito) anos, autorização do responsável e pseudônimo;
6. Em um envelope maior, colocar o texto com pseudônimo (em três vias) junto com o envelope lacrado. No verso desse envelope maior colocar como remetente: Olavo Bilac enviar para a rua Jácomo Rossi nº 222, Jardim Paulistano Ribeirão Preto SP. CEP: 14090 343, aos cuidados de Helena  Agostinho - Presidente da UEI.
Obs.: Os textos devem ser inéditos de publicação em livro na mídia papel e em mídia eletrônica;
7. Serão avaliados: qualidade literária, originalidade e criatividade;
8. A premiação ocorrerá conforme a seguir:
1º lugar juvenil – Troféu, certificado e um Curso Básico de Fotografia.
2º lugar juvenil – Medalha, certificado e uma cesta literária.
1º lugar adulto – Troféu, certificado e um Book Digital com 45 fotos .
2º lugar adulto – Medalha, certificado e uma cesta Literária.
9. Os textos poderão ser enviados até 30 de julho de 2017;
10. A entrega dos prêmios será no Centro Cultural Palace, no dia 23 de setembro de 2017, às 11h, no último dia da Vl Mostra dos Escritores de Ribeirão Preto e Região;
11. Os textos serão julgados por uma comissão literária, indicada pela Comissão Organizadora do presente concurso, cuja decisão será soberana, sem caberem recursos ao resultado do concurso;
12. As inscrições fora das normas do concurso não serão aceitas;
13. É de responsabilidade exclusiva do concorrente a observância e regularização de toda e qualquer questão relativa a direitos autorais sobre a obra inscrita;
14. Os premiados concordam e permitem a divulgação de seu nome e imagem para a divulgação do concurso, sem qualquer ônus para os realizadores;
15. Os premiados concordam e permitem a divulgação do conto em quaisquer meios de comunicação, impresso ou digitalmente, para a divulgação do concurso, sem qualquer ônus para os realizadores;
16. Os participantes declaram estar cientes e de acordo com este regulamento uma vez que enviaram seus textos para o referido concurso;
17. Os casos omissos neste regulamento serão resolvidos pela Comissão Organizadora do presente concurso.
Helena Agostinho
Presidente da UEI – União dos Escritores Independentes.
José Carlos Barbosa
Pres. Da OVJRP.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Mãe Deusa

Elevando meus pensamentos
Os mais sublimes possíveis
Esperando tua luz
Irradiando amor
Em meu peito aberto
Que seria de mim
Sem esta fé em ti
Se não pudesse te sentir
Numa presença etérea
Significativa em minha vida
Neste momento tão nosso
Meu egoísmo espreme
O meu coração
Fazendo transbordar
Toda esta paz armazenada
Como coisa sagrada
Abençoa minha Mãe deusa
Todos nesta vida
Que recebam de ti
Toda a emoção contida
Gerando muito amor
Neste espaço de planeta
Onde há tanta gente sofrida.

Marlene Cerviglieri
Onde há tanta gente sofrida66a


terça-feira, 21 de março de 2017

Sestroso


Este seu olhar sestroso,
Termo de antanho, dizendo:
De seu caminhar maneiroso,
Seu modo manhoso de ser,
O enigma de seu sorrir,
Seus aprumos elegantes e sensuais,
Mudam a atmosfera,
Perfumam o ar!
Lançam energias,
Como um Sol em seu esplendor,
Magnetizam como a Lua,
Em sua plácida Luz,
Conduzem a sonhos infinitos,
Aguçam meus sentidos,
Coloca-os em devaneios,
Com suas formas divinas.


Adriano Pelá

segunda-feira, 20 de março de 2017

CICLO DE PALAVRAS


Palavras dançantes
esbarram-se, desfazem
viram névoas.
Como que por encanto
recompõem-se.
Ganham cheiros, risos, cores e formas.
Viram rios, mares, lugares...
Vestem-se
de arco-íris, flores, nuvens, estrelas...
Embriagam-se
de lágrimas, neve , orvalho...
Nas asas do vento
passeiam por 
relvas, montanhas, desertos...
Navegam em
prantos, veias, artérias...
Decifram
amores, dores, utopia...
E na contradança,
exaustas descansam
na folha em branco.
Finalmente viram versos, poesia...


 Helena Agostinho 

A sombra


O caminho é certo e meus pés
Vacilam quase sem rumo.
Olho dos lados e sinto você
Que caminha comigo.
Estranho alguém reflete
A minha incerteza. Estica-se
Nos meus gestos. Às vezes
Atrás de mim outras
Adianta-se mais do que imagino.
Nada fala. Não respira move-se
Apenas.
Às vezes ao meu lado,
Silenciosa sempre.
É a luz que reflete única
E solitária. Não conversa.
Teima em andar comigo
Calada nos gestos de um amigo.
Repentinamente estaciono
Ela para também. Que coisa,
Quem é você? Por que não fala?
Vai chegar antes de mim?
Ou quer que a espere?
Total silêncio.
Meus medos meu coração
Gritando e eu? Que coisa,
Apavorada.
Encho-me de coragem e paro.
Afinal quem é você?
Sem resposta, ela também para.
Tranquila e mais sereno meu
Corpo descansa. Sento em
Um lugar qualquer.
Ela também senta.
Voltei à realidade acalmei
Os meus sentidos e sorri.
Transformou-se tudo em calmaria
Afinal era minha sombra
Quem me perseguia.

Elizabeth Bevilacqua Areco


O Carnaval


Tanto riso, tanta alegria...
E o carnaval se foi.
Serpentinas pisadas confetes
Amassados e amarrotados.
O carnaval se foi
Foi-se nas madrugadas.
A lágrima do Pierrot estática
Na face cansada e dolorida
Só a saudade no insistente
Perfume.
Os abraços do palhaço
Desfizeram-se na noite.
Foi-se o amor da folia
Também se foi a Colombina.
Roupas amassadas cheiro
Da bebida embriagada
Nos olhares turvos inexpressivos.
Foram-se serpentinas e confetes.
Foi-se o laço de renda da baiana
A saia da cigana e o anonimato
Atrás da máscara que chorava.
Também dancei no silêncio
De mim mesma.
Expectadora de sorrisos
Disfarçados e sofridos.
Só. A música tocava e eu?
Estava só.
Renasce o silêncio.
Calou-se a bateria e tudo se
Calou.
Meu coração aquietou.

Eu? Ah, eu continuava só 

Elizabeth Bevilacqua Areco