Vejo estrelas no teto.
A lua companheira invade o ambiente,
a penumbra recebe a palidez de sua luz.
A claridade torna-me duas, o som itálico
invade-me.
Ítalo acorde leva-me.
Lugar simples, móveis simples,
pessoas simples, na redundância do exagero,
palavras caem de meus olhos...
despeço-me... viajo...
estou no mar...
Neruda está em mim.
O agito das ondas encanta-me,
As espumas dançam à melodia do convite.
Sedução...
O magnético som das gaivotas ressoa,
trazem-me o puro.
Tecidos leves adornam-me.
Na leveza, o medo existe,
A água faz-me sereia r
olo na atrevida meninice,
que pesca siris em redes de borboletas.
A poética renovação da essência
mostra-se na alma.
Cansaço no rosto...
Rugas permeiam meus olhos.
Lábios sequiosos perdem-se no sorriso,
o espelho revela a luz de olhos escondidos.
Contemplo pés cansados, pedindo terra,
A pureza predomina.
Simplicidade.
Volto.
Maris Ester A. Souza
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