O caminho é certo e meus pés
Vacilam quase sem rumo.
Olho dos lados e sinto você
Que caminha comigo.
Estranho alguém reflete
A minha incerteza. Estica-se
Nos meus gestos. Às vezes
Atrás de mim outras
Adianta-se mais do que imagino.
Nada fala. Não respira move-se
Apenas.
Às vezes ao meu lado,
Silenciosa sempre.
É a luz que reflete única
E solitária. Não conversa.
Teima em andar comigo
Calada nos gestos de um amigo.
Repentinamente estaciono
Ela para também. Que coisa,
Quem é você? Por que não fala?
Vai chegar antes de mim?
Ou quer que a espere?
Total silêncio.
Meus medos meu coração
Gritando e eu? Que coisa,
Apavorada.
Encho-me de coragem e paro.
Afinal quem é você?
Sem resposta, ela também para.
Tranquila e mais sereno meu
Corpo descansa. Sento em
Um lugar qualquer.
Ela também senta.
Voltei à realidade acalmei
Os meus sentidos e sorri.
Transformou-se tudo em calmaria
Afinal era minha sombra
Quem me perseguia.
Elizabeth Bevilacqua
Areco
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