Tanto riso, tanta
alegria...
E o carnaval se foi.
Serpentinas pisadas
confetes
Amassados e
amarrotados.
O carnaval se foi
Foi-se nas
madrugadas.
A lágrima do Pierrot
estática
Na face cansada e
dolorida
Só a saudade no
insistente
Perfume.
Os abraços do palhaço
Desfizeram-se na
noite.
Foi-se o amor da
folia
Também se foi a
Colombina.
Roupas amassadas
cheiro
Da bebida embriagada
Nos olhares turvos
inexpressivos.
Foram-se serpentinas
e confetes.
Foi-se o laço de
renda da baiana
A saia da cigana e o
anonimato
Atrás da máscara que
chorava.
Também dancei no
silêncio
De mim mesma.
Expectadora de
sorrisos
Disfarçados
e sofridos.
Só. A música tocava e
eu?
Estava só.
Renasce o silêncio.
Calou-se a bateria e
tudo se
Calou.
Meu coração aquietou.
Eu? Ah, eu continuava
só
Elizabeth Bevilacqua Areco
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