segunda-feira, 23 de outubro de 2017

MULHER


Pela fresta da janela
vejo no céu, nuvens brancas...
espalhadas.

Larguei minha mesa
cheia de papeis e livros...
espalhados.

Multiplicam-se no silêncio
devaneios e lembranças...
Palavras.

Não me importo mais
com a desordem, agora
ninguém me censura.

Sou Mulher,  sou livre,
ninguém mais me poda.
Eu espalho e recolho...

Vivo da forma que me agrada
as horas e meus dias.
Agora sou...


Dona do meu nariz!


Elisa Alderani

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