terça-feira, 16 de março de 2010

Água Santa

Água santa
Vem da nascente
Forma corrente na ribanceira
Corre montanha
Desce ladeira
Chega ao rio na pedra da lavadeira.
Água santa
Chora e canta pelas veias do sertão
Ora molha as flores dos campos
Ora a várzea em solidão
Lava o rosto da moça faceira
De saia rodada e face trigueira.
Água santa
Molha os roçados sem distinção
Faz felizes os animais e verdeja a plantação.
Será farta a colheita, trigo em profusão
Não faltará comida, não faltará o pão.
Tenha amor pela terra, pelas matas pelos rios
Pela natureza sem fim
São vidas que nos rodeiam e nos fazem felizes assim.
Virão seus descendentes, saberá de tudo cuidar
Com amor e trabalho a água não há de faltar.
Água santa chegou ao rio, passou por muitos cuidados
Período de decantação
Vem na torneira dourada lavar a sua mão.
Cuidado com a água santa
Ela mata a sua sede e bate seu coração.
Maria Luzia Misuraca
Graton

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