Vasculhou abismos, rondou tabernas, encontrou-me.
Com sua lira seduziu-me.
Rasgou minhas vestes, habitou minhas entranhas,
bebeu dos meus encantos e se embrenhou nas trevas.
Em que fantástico canto ouvirei outras promessas de vida?
Em que sombrio mundo se escondem as esperanças perdidas?
Vem, Orfeu! Renova a tua milenar proeza.
Toca a tua lira e com teu canto que me encanta
resgata-me deste inferno que me devora.
Vem, fala-me do amor que enaltece a vida,
canta o prazer, desperta os demônios
que acendem a tocha da felicidade!
Chega de mansinho,
mas faça explodir com gestos e palavras
o teu ousado carinho.
Não olhes para trás.
A porta está aberta, o meu corpo te chama
e ninguém é condenado porque ama!
Rita Mourão
terça-feira, 16 de março de 2010
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