Divago no passado e nos devaneios,
volto ao velho casarão da fazenda
querendo reencontrar a vida,
longe dos frascos e da alquimia,
unindo o passado e o presente.
Deparei aquela pequena gleba de chão,
assimétrica e quase sem vegetação.
Obedeci a dimensão que a mim pertencia,
busquei na água amolecer a solidão,
dando formas aos meus intentos...
Lancei sementes da esperança!
Nesse espaço desenhei
um quadrado de hortênsias
a pirâmide de margaridas,
um losango de arbustos
para abrigar os ninhos de beija-flor
o círculo bem no meio sorria...
A jardineira pioneira entretia-se
com a lida do seu jardim
borrifadas por um olho d’água.
Muitos pássaros banhavam-se
nesse poço corrente e manso
foi assim que devolveram a vida pra mim!
Célia Aparecida Silli Barbosa
terça-feira, 16 de março de 2010
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